Acesso do Associado
A crise econômica está
afetando todos os setores, inclusive o setor da saúde. Na manhã desta
quarta-feira (11) a Comissão de laboratórios do Sindicato dos Hospitais do
Piauí (Sindhospi) se reuniu com a presidente do Instituto
de Previdência dos Servidores Municipais (IPMT), Maria de Lourdes Carvalho
Rufino, e com o diretor administrativo Álvaro Inácio Silva Neto para tratar
sobre o reajuste de honorários para os laboratórios.
Segundo o diretor do Sindhospi, Sylvio Colonna, os laboratórios estão com preços muito defasados nos seus procedimentos, pois em 20 anos, apenas 7% de reajuste foi repassado, em setembro de 2015 em relação aos serviços prestados ao IPMT.
Colonna informou que a inflação do setor laboratorial tem sido, em média, de 12 a 13% ao ano, com os reajustes que tem que ser dados aos colaboradores, reagentes e descartáveis, tarifas públicas, combustíveis, entre outros, e que com a crise econômica, e o aumento do dólar, a situação só tem piorado. “Sem reajustes compatíveis de honorários, que acompanhem essa subida anual da inflação está sendo difícil manter a saúde financeira das empresas que atuam nesse setor”, afirmou o diretor do Sindhospi.
Maria de Lourdes Carvalho reconheceu a situação e garantiu que irá avaliar a melhor forma de contornar o que chamou de ‘descompasso’. “Temos buscado o equilíbrio para oferecer sempre bons serviços aos servidores do município e para isso precisamos estar em sintonia com os prestadores desses serviços”, garantiu.
A presidente do IPMT garantiu que vai trabalhar para acompanhar a Agência Nacional de Saúde (ANS) nos seus reajustes anuais e tentar garantir que essa defasagem não perpetue. “Ainda estamos analisando nossas tabelas, mas em breve sentaremos novamente e apresentaremos uma proposta aos laboratórios”, pontuou.
É importante salientar que as estatísticas nacionais revelam que aproximadamente 70% dos diagnósticos são fechados com auxílio dos exames de laboratório, sendo que o gasto para os planos de saúde com esse tipo de procedimento fica entre 5 a 7% do total, lembrou Sylvio Colonna.
Convém ressaltar que o Sindhospi tem buscado renegociar os valores repassados aos laboratórios de análise com todos os planos de saúde atendidos no Estado.
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